quinta-feira, 11 de março de 2010

Deriva

Estar à Deriva, muito próximo às atitudes do Flâneur, é basicamente sair sem destino fixo. Deixar que o espaço, o sentimento que ele provoca, crie uma rota de percurso. A Teoria da Deriva, criada por Guy Debord, é um estudo de como as zonas psíquicas respondem ao espaço urbano em que estamos inseridos, nos levando à tomar diferentes caminhos.

Trecho do texto publicado no nº 2 da revista Internacional Situacionista em dezembro de 1958, escrito por Guy Debord e traduzido para o português:

"Entre os diversos procedimentos situacionistas, a deriva se apresenta como uma técnica ininterrupta através de diversos ambientes. O conceito de deriva está ligado indissoluvelmente ao reconhecimento de efeitos da natureza psicogeográfica, e à afirmação de um comportamento lúdico-construtivo, o que se opõe em todos os aspectos às noções clássicas de viagem e passeio.
Uma ou várias pessoas que se lançam à deriva renunciam, durante um tempo mais ou menos longo, os motivos para deslocar-se ou atuar normalmente em suas relações, trabalhos e entretenimentos próprios de si, para deixar-se levar pelas solicitações do terreno e os encontros que a ele corresponde."

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